Cirurgia de correção dos ossos do Sistema Mastigatório. Cirurgia de reposicionamento e alteração da forma dos ossos da mastigação (Maxila e Mandíbula) quando os mesmos se encontram mal formados ou que se desenvolveram de maneira alterada durante o período de crescimento e desenvolvimento do esqueleto facial, que tem seu término por volta de 17 a 18 anos nos homens e 14 a 15 anos nas mulheres. Estes indivíduos apresentam alteração do posicionamento dos dentes, pois estes se encontram fixados nos ossos mastigatórios. A Cirurgia Ortognática é um procedimento realizado em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, onde o complexo maxilomandibular através de osteotomias (cortes ósseos) é reposicionado nas posições pré-estabelecidas por um planejamento realizado virtualmente e fixado através de mini placas e parafusos. A cirurgia é realizada totalmente por acesso intraoral, sem que haja cicatrizes na face.
Dentes superiores encontram-se à frente dos dentes inferiores. Indivíduo apresenta a face com um queixo pequeno
Dentes inferiores encontram-se à frente dos dentes superiores. Indivíduo apresenta a face com um queixo grande
Face Longa: excessos verticais da maxila e/ou mandíbula
Face Curta: deficiências verticais da maxila e/ou mandÍbula
Excessos de largura
Deficiências de largura
Assimetrias Horizontais
Assimetrias Verticais
É a denominação dada à má formação das estruturas esqueléticas e dentais da face, provocando problemas funcionais (de respiração, mastigação e fala), estéticos e psicológicos. Suas principais características são:
-Ausência do correto encaixe (oclusão) dos dentes
-Problemas estéticos da face
-Respiratórios
Podem ter várias origens, como genéticas (hereditárias), disfunções (principalmente respiratórias e mastigatórias), hábitos (ex: chupar chupeta ou o dedo), traumáticas (seqüelas de traumas faciais
Preferencialmente profissionais da área da odontologia com alto nível de treinamento e especialização tem condições de realizar de uma forma correta o diagnóstico e o tratamento), pois envolve o complexo sistema mastigatório. O diagnóstico, planejamento e o tratamento envolvem a atuação de um Ortodontista e um Cirurgião Buco-Maxilo-Facial. Por meio de exames de imagens (radiografias, tomografias e fotografias), exames clínicos (da face e boca) e exames das arcadas dentárias pode se determinar o problema e realizar um plano de tratamento. Na atualidade utilizam-se sofisticados programas de computador que podem auxiliar no diagnóstico e prever, com grande proximidade de acerto, o resultado do tratamento
O tempo de internação vai variar com o procedimento cirúrgico e com a resposta individual de cada paciente. Normalmente o paciente fica dois dias no hospital.
Com o uso indevido do sistema mastigatório poderão surgir: problemas periodontais (gengivais) com o amolecimento dos dentes e problemas nas Articulações Temporo-Mandibulares com dores e limitações.
Como é realizado o tratamento?
O tratamento é dividido em etapas.
1º Etapa
A primeira etapa consiste na fase de correção e preparo dos dentes – tratamento ortodôntico que atualmente pode ser rezado através de alinhadores invisíveis – placas móveis que em sequência vão alinhando e nivelando os dentes, até que os mesmos estejam nas posições planejadas pelo ortodontista e cirurgião.
2º Etapa
Na segunda fase será feita a cirurgia (Cirurgia Ortognática) da deformidade óssea. Para isto, é necessário a realização de exames e do planejamento cirúrgico, que atualmente é realizado de forma virtual, ou seja, totalmente computadorizado.
3º Etapa
Esta etapa consiste no refinamento ortodôntico, onde são realizadas as pequenas correções dentárias e na estética dentária para a finalização.
Quanto tempo vai demorar o tratamento?
A fase mais longa é a primeira e vai depender do estado dos dentes. Na segunda fase, o tempo do tratamento é menor. É relativo ao dia da cirurgia e do período pós-operatório imediato. A terceira fase vai durar aproximadamente 6 meses, que é o período de acabamento e acompanhamento pós-operatório tardio.
A cirurgia é feita sob anestesia geral, onde a pessoa dorme e não sente nada. A operação consiste de cortes nos ossos e os colocando numa nova posição. É realizada por dentro da boca, não deixando cicatriz na face. Os ossos reposicionados são fixados com placas e parafusos de titânio, sendo totalmente biocompatíves. Semelhantes aos que são empregados nas cirurgias ortopédicas. Podem permanecer para sempre ou serem removidos, caso haja necessidade.
O “inchaço” (edema) é normal, faz parte do processo de cicatrização. Pode ainda, aparecer manchas roxas na face, que desaparecerão em aproximadamente 15 dias.
Um pequeno sangramento é normal. É comum, também um pequeno sangramento pelo nariz.
É comum depois da cirurgia, principalmente na região inferior, perto do queixo e na região abaixo dos olhos, o paciente ficar com hipoestesia (perda temporária da sensibilidade sem perda da função motora). Apresentando-se clinicamente com a sensação de anestesia nestas regiões, podendo durar semanas, meses, anos ou raramente ser permanente. Em média a hipoestesia desaparece entre 06 e 24 meses.
O objetivo do tratamento é recuperar a função correta das estruturas dos sistemas mastigatório e respiratório nos pacientes que apresentam apneia obstrutiva do sono. Consequentemente, temos uma melhoria na estética facial, proporcionando um aprimoramento da beleza pessoal. As alterações faciais serão planejadas em computador e o paciente terá a oportunidade de analisá-las antes da realização da cirurgia.
O acompanhamento deve ser feito por pelo menos 05 anos de pós-operatório.
Quando o tratamento é realizado corretamente e o paciente realiza todas as recomendações, a ocorrência de complicações são mínimas. Os ossos da face não ficam mais fracos, pelo contrário, todas as funções da face (respiração nasal, mastigação equilibrada) serão restabelecidas, ocorrem grandes melhorias estéticas e psicológicas
Através de exames de imagem tridimensionais e softwers específicos, é possível realizar o planejamento cirúrgico de nossos pacientes com maior fidelidade e precisão. Utilizamos uma tomografia computadorizada, escaneamento das arcadas dentárias e fotografias da face, para replicar em um ambiente virtual a realidade clínica do paciente. Deste modo, conseguimos planejar com precisão os movimentos ósseos que iremos realizar durante a cirurgia, alcançando resultados mais refinados do ponto de vista estético e funcional
A recuperação pode variar de uma pessoa para outra, mas em média os pacientes retornam às suas atividades profissionais e sociais entre 15 e 30 dias. Atividades físicas podem ser retomadas após 3 meses dos procedimentos. Após a cirurgia, os pacientes permanecem com uma dieta líquida e pastosa por 50 dias, para que ocorra a cicatrização óssea e muscular. Gradativamente, ocorre a diminuição do edema e a melhora da abertura bucal. Ao final da cirurgia, o paciente acorda da anestesia geral respirando pelo nariz e se comunicando, sendo então levado a sala de recuperação pós-anestésica, ainda dentro do centro cirúrgico, sempre acompanhado pela EQUIPE DE SUPORTE – DR. OTÁVIO FERRAZ. Após este período, o paciente é direcionado ao quarto do Hospital permanecendo sob regime de internação por um período médio de 2 dias.
A manipulação dos ossos faciais durante a cirurgia ortognática, faz com que haja uma diminuição da percepção de estímulos dolorosos nas primeiras semanas após a cirurgia. Esta perda temporária da sensibilidade é chamada de parestesia nas regiões do queixo e ao lado do nariz. Gradativamente, esses estímulos sensitivos vão retornando à sua normalidade.
Imediatamente ao final da cirurgia, os pacientes já iniciam a fisioterapia – crioterapia e uso de máscara facial – Hiloterapia – circulação contínua de água entre 10 °C a 15 °C. Ela promove maior conforto e redução significativa do edema pós-operatório.
Ronco – É um ruído respiratório gerado pela via aérea superior durante o sono que ocorre geralmente durante a inspiração, mas também pode ocorrer na expiração. O ronco pode ocorrer na presença ou não de apneias. A intensidade do ronco pode variar podendo o paciente relatar que acorda com o próprio ronco, além de incomodar o sono do parceiro. Diversos fatores podem influenciar o ronco, como a obesidade, o envelhecimento e o estilo de vida. É possível adotar algumas medidas práticas para evitar o ronco e, consequentemente, melhorar a qualidade do sono:
Perda de peso: O acúmulo de gordura na região do pescoço, tórax e abdômen aumentam as chances de roncar. Reeducação alimentar associada a exercícios físicos são fortes aliados no combate da obesidade.
Bebidas Alcoólicas: Evite o consumo perto da hora de dormir. O álcool provoca um relaxamento maior dos músculos da garganta.
Medicamentos sedativos: Evite o uso indiscriminado desses remédios, pois eles causam relaxamento adicional nos músculos da faringe, piorando o ronco e agravando possíveis apneias.
Posição ao dormir: Evite dormir de barriga para cima, pois nessa posição aumenta a frequência e a intensidade do ronco.
Refeições: Procure fazer refeições leves na hora do jantar. Evite dormir de estômago cheio.
APNEIA – O sono é um componente essencial na regulação biológica do organismo e na integridade das funções diárias. Um dos mais frequentes distúrbios é a Apneia Obstrutiva do Sono (AOS), que acomete cerca de 30% dos indivíduos adultos, e apresenta como principais características eventos de obstrução respiratória da via aérea superior, resultando em ronco, geralmente entrecortado por períodos de silêncio. Ao final de um evento de apneia ocorre um ronco explosivo, como um engasgo, e o paciente chega a ter movimentos bruscos e desperta, mesmo sem perceber. O sintoma diurno mais importante é a sonolência excessiva, que nos casos graves, pode levar o indivíduo a adormecer em situações ativas, podendo acarretar acidentes em casa, no trabalho ou nas estradas. Prejuízos na atenção, concentração e memória são frequentemente observados, além de alterações de humor, como irritabilidade, depressão e ansiedade. A apneia é causa de hipertensão arterial sistêmica e contribui para instalação e progressão de outras doenças cardiovasculares. O diagnóstico é realizado através da avaliação clínica e do exame de polissonografia. O tratamento clínico, se baseia na indicação dos aparelhos denominados de CPAP e dos aparelhos intra-orais (AIO). Indivíduos que não apresentam adesão ao tratamento clinico podem se beneficiar com os tratamentos cirúrgicos. As cirurgias são divididas em cirurgias dos tecidos moles – cirurgias faríngeas realizadas por médicos otorrinolaringologistas e cirurgias dos tecidos duros – cirurgias esqueléticas. Os avanços maxilomandibulares constituem as cirurgias esqueléticas, ou seja, as cirurgias ortognáticas que reposicionam os ossos maxilomandibulares, tracionando a musculatura aderida a faringe, evitando seu colapso e obstrução
A Disfunção Temporomandibular (DTM) é definida como um conjunto de distúrbios que envolvem os músculos mastigatórios e estruturas associadas. ATM significa “Articulação Temporomandibular”. Está situada à frente dos nossos ouvidos sendo responsável por todos os movimentos executados pela mandíbula (abertura, fechamento da boca e movimentos laterais). A causa da DTM é multifatorial, ou seja, envolve diversos fatores fisiológicos, anatômicos, sistêmicos, genéticos e psicossociais que podem atuar em conjunto ou isoladamente em diferentes fases da vida do paciente. As DTMs podem estar associadas à estresse emocional e hábitos parafuncionais, como o bruxismo do sono e vigília. Estes fatores podem contribuir diretamente para o surgimento e a manutenção dos problemas musculares e articulares. As DTMs podem ser classificadas em DTMs musculares que acometem os músculos da mastigação e as DTMs articulares, quando já se encontram sinais degenerativos intra-articulares. Os sinais e sintomas mais comuns associados às DTMs são: dores de cabeça, cefaléias tensionais, dores ou desconforto na face, dores de ouvido, limitação da abertura bucal, dificuldade de abertura bucal e da mastigação, ruídos nas ATMs (estalos), zumbidos nos ouvidos. O tratamento clinico sempre deve se a primeira escolha. Placas de mordida (dispositivos orais oclusais), laserterapia, fisioterapia, acupuntura, psicoterapia, exercícios de alongamento muscular e terapia medicamentosa ou infiltrações nas ATMs com substâncias que lubrifiquem as mesmas – Viscossuplementação com hialuronato de sódio. O tratamento cirúrgico deve ser realizado após o tratamento da DTM muscular ou após falha no tratamento clinico. As cirurgias das ATMs podem ser realizadas através de Artocenteses (lavagem articular), Artroscopia (cirurgia minimamente invasiva) ou as cirurgias abertas para manipulação das estruturas articulares.
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